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PREVENÇÃO DE RISCOS

Percepção de Riscos – Como Aprimorar - FONTE: Revista Proteção. Nº 220, abril 2010, p. 120.

PREVENÇÃO
PREVENÇÃO

O problema


Os gestores de riscos nas empresas se perguntam: será que as pessoas realmente percebem os riscos? As pessoas correm riscos conscientemente? Por que as pessoas não respeitam os riscos? Quantos acidentes não ocorreram porque alguém não reconheceu ou compreendeu adequadamente um risco ou subestimou suas consequências?



PREVENÇÃO
PREVENÇÃO

O que é a “Percepção de Riscos”?


Percepção de Riscos é um processo ou um estado permanente de espírito, ou atitude, que resulta em um comportamento “capaz de reagir adequadamente (reconhecer, interpretar, agir) frente a um estímulo do meio, que representa uma condição com potencial para causar danos (lesões, dano ambiental, ao negócio)”.


O que é risco?


Um risco é um conceito primitivo, mas costuma-se organizar os conceitos, diferenciando risco e perigo. • Perigo é uma condição ou característica com potencial para causar danos. • Risco é um conceito que conjuga a expectativa da ocorrência e as consequências resultantes de um evento (que pode ser causado por um perigo). Risco = probabilidade x dano


Observe que:

• reconhecemos os perigos, mas avaliamos os riscos;

• um mesmo perigo pode apresentar vários graus de risco, segundo diferentes medidas de controle adotadas;

• um risco pode ser reduzido ao mínimo; todavia, o perigo permanece. Se as medidas se deteriorarem, o risco aumentará.


Objetivo


Desejamos que as pessoas reconheçam os perigos e saibam avaliá-los corretamente, adotando ações de controle.


“Um risco é respeitado na medida em que reconhecemos sua capacidade de se manifestar e causar danos”.


O que é reconhecer? Reconhecer é conhecer de novo, identificar. Reconhecemos apenas aquilo que já conhecemos. Daí a importância da informação, do treinamento.


O que é avaliar?


Avaliar não é apenas medir, quantitativamente. Avaliar é saber julgar, apreciar. No caso nosso, avaliar a chance de ocorrer um evento devido ao perigo e o dano resultantes.

PREVENÇAO
PREVENÇÃO

Dessa avaliação, devemos concluir: O risco é tolerável?


Quais os riscos você voluntariamente aceita (tolera)?

• Fumar.

• Dirigir automóvel.

• Dirigir motocicleta.

• Fazer paraquedismo.

• Ter 60 anos e nunca ter feito um exame de próstata.



Quais lhe parecem toleráveis? Quais intoleráveis? Observe: para o cidadão, os riscos são bem ou mal avaliados, mas voluntários; para o trabalhador são uma decorrência de seu local de trabalho.


Tolerabilidade de Riscos em uma Frase O local de trabalho é seguro... ... se meu filho pode trabalhar lá.


Etapas do Processo de Percepção de Riscos e como Aprimorá-las

1 O local contém um estimulo suficiente para a percepção. Quer dizer que o perigo pode estimular visual, auditiva e olfativamente. Ou ainda, no sentido da segurança, o local possui elementos artificiais (avisos de alerta).

2 Ocorre a percepção do risco, a partir do estímulo.

3 Ocorre a adequada avaliação do risco e sua (in)tolerabilidade.

4 São tomadas ações de acordo com essa (in)tolerabilidade, prevenindo-se os acidentes.


Como Aprimorar o Processo


Etapa 1

• Assegurar-se de que o estímulo é perceptível.

• Para perigos sem estímulo sensorial, sinalizar, restringir acesso.

• Prover elementos artificiais de alerta.

• Possuir ferramentas comportamentais que permitam o alerta mútuo entre os trabalhadores


Etapa 2

Para reconhecer um perigo como tal, é preciso (re)conhecer. Portanto, é necessário:


• Treinamento geral de integração sobre os riscos na empresa.

• Treinamento específico sobre os perigos dos locais de trabalho em cada setor.

• Assegurar-se de que o perigo é culturalmente respeitado pela organização (muitas vezes ocorre o contrário, há um desprezo de certos perigos pela cultura organizacional).


Etapa 3

Para um bom julgamento do risco:


• Treinamento e conhecimento para o exercício do julgamento, com clareza sobre o que é tolerável.

• Correção de problemas culturais e crenças, pessoais e coletivas, a respeito de riscos e da capacidade de podermos controlá-los. Se o julgamento considerar erroneamente que o risco é baixo, não serão tomadas medidas de controle.

• Prover ferramentas comportamentais que auxiliem no julgamento dos riscos por uma interação constante entre as pessoas, desfazendo as crenças negativas e promovendo um clima produtivo de segurança.


Etapa 4

Tomar medidas significa possuir uma atitude e exibir o comportamento correto para a situação. As pessoas devem saber:

• Quais as medidas pertinentes para o controle de um risco.

• Ter acesso à orientação sobre os assuntos que desconhece.

• Ter o poder de intervir na situação, sabendo que seu comportamento não será censurado (ao contrário, será elogiado).


Como vemos, a melhora da Percepção dos Riscos depende do entendimento do processo, do reforço de conhecimento (treinamento), de uma cultura organizacional favorável e que valorize as ações proativas, e, especialmente, de um componente comportamental muito forte e bem dirigido.





Não é simples, nem fácil, mas é possível. Este é um tema de um Seminário que será oferecido brevemente. FONTE: Revista Proteção. Nº 220, abril 2010, p. 120.

 
 
 

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